
Participarão do lançamento representantes das instituições parceiras, entre eles pesquisadores da Embrapa, que apresentarão uma série de palestras sobre o cultivo de milho. De acordo com o coordenador técnico da Emater-MG na regional de Unaí, Álvaro de Moura Goulart, serão abordados os seguintes temas: cenários para a cultura do milho, safra 2007/2008; sistema de produção de milho; manejo integrado de insetos e pragas de milho; manejo integrado de doença de milho; e manejo integrado de plantas daninhas. Álvaro Goulart acrescenta que o encontro servirá de ponto de partida para outros eventos programados para estimular o aumento da produtividade do milho nos municípios de Alfenas, Passos e Guaxupé, no Sul de Minas, maior produtor estadual, além de Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O evento de Alfenas, programado para 7 de novembro, contará com a participação do secretário da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues. Ele considera oportuna a campanha para aumentar a produtividade do milho no Estado, porque os preços no mercado internacional estão elevados. Mas enfatiza que esse trabalho deve ser realizado também quando a remuneração das exportações do produto for modesta. Neste caso, o objetivo da campanha será obter maiores ganhos vendendo um volume maior. As estimativas da Conab apontam para a manutenção da produtividade na casa de 4,4 toneladas por hectare para o milho que será plantado em Minas Gerais no início das chuvas deste ano. De acordo com o superintendente de Economia e Política Agrícola da Secretaria da Agricultura, João Ricardo Albanez, na safra passada, as roças de milho foram bastante beneficiadas por fatores climáticos e as condições agora não são muito favoráveis.
O superintendente informa que Minas Gerais contou, na safra 2006/2007, com R$ 3,2 bilhões de crédito do Banco do Brasil para o custeio, investimento e comercialização de todas as culturas agrícolas. Deste total, créditos de R$ 489 milhões, ou 15,12% dos recursos, foram destinados ao cultivo de milho nas lavouras do Estado. O Noroeste de Minas absorveu 10,5% do crédito destinado aos cultivos em geral da região. Para o milho, exclusivamente, o Noroeste teve crédito de R$ 73,3 milhões, equivalentes a 15% dos recursos destinados à produção do grão em todas as áreas ocupadas pela cultura em Minas. Estes números, segundo João Ricardo Albanez, explicam a atenção da Secretaria em estimular o aumento da produtividade do milho por meio de ações como a campanha que será lançada em Unaí e depois na região Sul de Minas Gerais.
Esse circuito é uma boa oportunidade para os produtores e técnicos buscarem atualização sobre a cultura. A discussão de cenários futuros para o milho tem como referência, entre outros aspectos, a utilização do grão para a produção de etanol nos Estados Unidos, o que provoca mudanças no cenário das exportações.
Além disso, o momento é favorável às exportações de carnes, sobretudo de frango, pois nesta área o consumo do grão representa cerca de 70% dos custos de uma granja.
O coordenador da Câmara Técnica de Avicultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), Luís de Cássio da Paixão, destaca que iniciativas com objetivo de aumentar a produção e melhorar a qualidade do milho são sempre bem-recebidas pelos criadores de aves. Ele acrescenta que, segundo a Associação dos Avicultores de Minas Gerais, as granjas avícolas mineiras consomem anualmente 2,5 milhões de toneladas de milho. O consumo do grão está aumentando não só em função dos plantéis destinados à exportação, como também para atender às granjas que produzem aves e ovos exclusivamente para o consumo interno. O empresário acrescenta que a demanda de milho no setor de postura terá o estímulo de uma campanha lançada pela União Brasileira de Avicultura (UBA) para aumentar o consumo de ovos em todo o país. "Apesar de o Brasil ser o sétimo maior produtor de ovos do mundo, com cerca de 26 bilhões de unidades/ano, o consumo anual por pessoa é de apenas 141 unidades, segundo dados da UBA, ou três vezes menor que a demanda do México, atualmente da ordem de 360 unidades, explica o coordenador da Câmara Técnica de Avicultura do Cepa. O setor que mais consome milho em Minas, depois da avicultura, é a suinocultura. De acordo com a Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), cada uma das 210 mil matrizes dos criatórios mineiros consomem 6 sacas de milho ao mês, o que corresponde a 15.210 sacas anuais para todo o plantel. As informações são da assessoria de Imprensa da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais.
Fonte: Agência Safras
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